Tu que nasceste bom e puro
Tu que nasceste bom e puro
Diz-me que virtude testemunhas na caridade
Mas...diz-me a verdade de forma rude...impiedosa
Diz-me que delírio te comprou...
Na noite em que te deitaste sem os cobertores da ternura
Exagera...como se fosses as pétalas da amargura
Embaladas pelas virtudes fulminantes da verdade
Diz-me que encanto têm as sepulturas
Que essência te chora no calor melancólico das rosas
Diz-me o que te satura...
Diz-me que gelado encanto tirita no delírio
Diz-me em que máscara insuperável escondeste a tua ausência
Diz-me como embelezas o teu silêncio
E como fugiste desse piedoso ensinamento...
Feito com as mãos encerradas numa insuportável obscuridade
Que se quis fazer passar por ti...na noite em que fulminaste a vida
Tu..que nasceste bom e puro...
Que foste vestido por pétalas e lavado em águas santas...
Benzidas por aromas matizados de incenso
Cuja essência mergulha nos desertos
Onde as recordações embalam lembranças intransponíveis
Tu...que nasceste bom e puro
Diz-me que chama te inflama
E que absurdo te atravessa a alma
Como se fosses atraído inexoravelmente pelo escuro....