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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Um Cristo pobre...pendurado num cabide!

Os caminhos vão para toda a parte
O absurdo passeia-se na calçada
O céu vai desmoronar-se e a lua vai cair
A fruta tem um sabor áspero e desajeitado
O ritmo da rua é incessante
E a Terra esmagada fala sozinha
Resmunga que viu um homem...que ninguém viu
Uma lixeira sentada na passeio
Que dizia que não matou o mundo
Que apenas o empurrrou
Para dentro de um saco plástico
E que o guardou numa caixa de cartão.
Esse homem invisível enterra-se no desespero
Enreda-se em histórias...grita-as...sufoca...
Levanta-se numa dança...
Como se fosse picado por abelhas
Foda-se...mas eu não uma máscara...
Sou apenas um fato esfarrapado
Já sem corpo para a roupa...
Sou um desenho de giz apagado
Mas podia ser um encantador de serpentes
Um dançarino...se não tivesse os pés embrulhados em trapos...
Assim sou apenas um Cristo...que ninguém segue
Um Cristo que ninguém vê...
Um Cristo pobre...pendurado num cabide!