Um novo tempo
Não sinto a agonia da encruzilhada
Onde desfaleceram os risos
Não sinto sobre as minhas pernas
O peso de uma afeição aniquilada
Agora sobra em mim o descanso
Que gorgoleja com o vento
E do fundo das enormes noites perfumadas
Chegam-me palavras de paz
Nada perdemos...apenas nos perdemos
Não há saudade angustiada
Preservada numa fotografia em sépia
Apenas uma bandeira branca
Eriçada sobre os meus ombros
A anunciar a rendição a um novo tempo
Sem tempestades...