Um tempo sem nome
Na existência de uma sombra cresce um corpo de noite
Paira sobre a distância ou... sobre uma fome solitária
Como uma ave em fim de jornada...como um tudo ou nada
Como uns dedos roxos a agarrar poentes
Que não servem para nada.
Encontrei num tempo sem nome...o nome do tempo
Cresci na beira de um verão sem fim...excessivo
Um verão onde os silêncios se entrançavam nas espigas
E os deuses mergulhavam em paisagens de pedra
Como céus frios...como se pertencessem a um outro lado
Onde os sinos tecem a imagem dos homens.