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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Um velho

E nós ...os que vamos por aí de mão dada com a vida

Como crianças que vão para escola

Aquecendo os nossos corpos com o sol que nos queima os olhos

Não sabendo que dia nos escapa pelas mãos cobertas de salmoura

Nem perguntando ao amanhã que trilho devemos percorrer

Olhamos a nostalgia com um divertimento de bêbados.

E pensamos na orla impossível do destino.

 

De nós...pingam atraentes verdades e falsas filosofias

Deixamos o riso correr pelas esquinas do coração

Comendo e bebendo os mistérios que o fogo encerra

Como se nos olhássemos a um espelho feito de falso vidro

E que à socapa nos deixa transparecer fios de alma em cada ruga deslavada.

 

Caminhamos...

Somos pessoa educadas que deixam passar primeiro a vida

Depois...

Fechamos a porta que nós próprios abrimos

E vemos um velho sentado numa pedra

Esse velho pertence a um remoto tempo que se libertou do inverno

E é agora um véu de fumo a encadear o caminho dos outros cidadãos

É agora uma antiga asa de borboleta descolorida...uma coisa...

Se assim se pode dizer.

 

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