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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Um verso gelado

Erguem-se as flores silenciosas

Acenam as corolas ao sol escasso

No silêncio ouve-se o marulhar dos homens

Que atravessam a planície

Dobrados sobre sombras taciturnas

Acalmados os céus...

Entorpecidos os abismos

Gerações de canções estreladas

Alegram o voo dos prados

É nessa terra

Sepultada sob ervas rasteiras

Que os sonhadores

Encontram os pássaros que levantam voo

E é onde entoam os cânticos solenes

Que alegram o espaço

Ao cair da noite

Abrem-se então as persianas do infinito

E os poemas saem em todas as direcções

Como folhas

Que vão desaparecendo na ilimitada imensidão

Imensidão taciturna

Que vela serenamente o sono do poeta

Como se ele fosse uma criança

Perdida num verso gelado!

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