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folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

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Poesia e outras palavras.

Uma alma de vidro caída do céu..

Imagino todas as vozes...escuto todos os chamamentos...
Sei que as vozes silenciosas são sonhos ... que falam baixinho
Que oprimem os passos...que chamam os pássaros que voam ao longe...
Para que os levem de mansinho..e me livrem do seu cansaço...
São ondas confusas que se perdem na cidade...
E que me conduzem às noites quentes de verão
São pregões da alma...caminhos de inocentes luzes...sonos de claridades...
São ares oprimidos por um céu indisposto...são itinerários...às vezes esmagadores
Outras vezes são culpas da alma...rumores de cego....lamentos de inocentes dias...
Os sonhos descem as ruas...saciam corações...erguem-se luminosos sobre o vazio
Encontram-se em todos os lados...nas caras ansiosas...
Nos abismos onde a luz crua da noite se encerra
Nos corações vazios...nos odores da primavera...
Até nas prisões onde os não podem encerrar.
Como pode alguém erguer-se de um sonho...como se fosse um facto real...
Como pode alguém conduzir os dias sem que a sua imaginação ansiosa
O recorde que o sonho é incolor...é uma vertigem...um atentado ao inútil...
Mesmo que as horas sejam pobres verdades...e que o sonho saiba a sol poente...
E que todas as fugas são possíveis...
Nada é mais fácil que embrulhar um sonho numa alma...
Pegá-lo com uma tenaz de ferro...exibi-lo no local onde sucumbe o vazio
E sorrir...tornar-se um sorriso saído de uma garganta atroz...condenada a sorrir...
Como se tivesse passado pela tolerância do tempo...
E fosse uma alma de vidro caída do céu...ou um salto no infinito...
Que no seu mais profundo lugar... encontra a sua razão de viver!