Uma encruzilhada de gente rara...
Fechado numa emoção impulsiva salto a margem que me divide
E atravesso o barranco por onde se escoam águas barrentas
Não cambaleio...dou enormes passos...como se fixasse a alma numa afeição
Ou numa mordedura quente...de onde brotassem tímidas palavras...desassumidas..
Paro depois...com um desgrenhado zelo...numa encruzilhada de gente rara...
Que me surge como se fosse uma fosforescência de filigrana...
Abandonada ao desleixo dos dias …como uma brutal fumaça de erva...
Dormindo sob uma majestática impaciência...
Afago essas cabeças sem raiva no coração...apenas as quero ver desfalecidas...
Como se fossem uma tribo que anuncia dias floridos...com sinaizinhos de fumo...
Que se elevam sobre a pele clara das faces mimosas...
Como afagos de crianças...Vestidas de belos uivos multicolores...
Ou como reposteiros que tapam a luz...onde as pedras sanguinolentas e sombrias...
Se fundem em caprichosos vergões violeta...
Que irados me assaltam as costas empedernidas...
Como se fossem sinais de espanto... polidos como azeviche...dormentes como a palidez
E que majestosos e delirantes...como grandes sequóias bradando aos ventos...
Me contemplam os denegridos olhos sombrios...
Vazos de uma espuma enrubescida por um sol esquecido...como um anjo sem auréola...