Uma ridícula vontade de rir
Não é possível que saibam quem sou
O meu olhar é uma noite inconstante
Uma sombra esquecida que devora a luz
Não tenho estado nem alma
Só fadiga
Mas é possível que o meu presente
Seja idêntico a outros presentes
Que os meus olhos possuam a gravidade de uma farsa
E quando fixo o olhar e apoio as mãos na face
Sinto um impressionante cansaço
E uma ridícula vontade de rir