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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Velhos amores

Toco com um dedo apenas

Os sulcos do meu rosto

Toco-os para recordar um tempo recoberto pelas trevas

Um tempo tão impossível como um bosque azul...

Visto num absurdo dia

Fora de qualquer estação do ano

Ou como se houvesse

Um mar destemido na montanha

Sigo essa janela aberta para a meninice

Até atear as lembranças que já são cinza

Até voltar à indiferença dos fortes...e ridículos

Que atiram velhos amores pela janela

Como se fossem maus

 

Que fazemos quando somos maus?

Que luto vestimos? Que músicas dançamos?

A quem matamos de desespero?

De que cor são as nossas tristezas?

Ah! eu nunca serei um adulador do poente... sem sol

Nunca serei um pó branco a pairar

Nem um candeeiro ao lado da seara seca

Serei sempre uma fragrância que se desprende

De uma rara orquídea azul em fogo

Que arde silenciosamente no adro do teu campanário!

 

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