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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Verão

Há em mim uma tristeza sem tempo

Seara de oiro polvilhada de pétalas vermelhas

Verão de sol viscoso

Onde o canto das cigarras

Se empoleirava nos ramos das oliveiras

 

Há em mim as rugas de um tempo em desalinho

Um frio feito dos arranhões dos dias

Um tear onde a minha alma

Tece o cabelo hirsuto da melancolia

 

Debruço-me sobre as sementeiras do degelo

E sinto que a plumagem dos dias

Não é mais que uma rama seca

A acenar a um tempo indisposto

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