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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Véu de basalto

Em redor de nós o pão feito do avesso

Uma luz azul cai na gaveta vazia

Os ecos do mundo dormem num charco de luz

A terra das sombras devora as cinzas da mente.

 

Que tenho eu com isso?

Que ruas há nesta cidade onde não há fuga...

Para a liberdade?

 

E depois...inventei acasos...por acaso

Pisei destinos no rasto das flores

Na minha boca cresceram ilusões

Os meus pés ganharam asas de desejos e...

Pus-me a caminho procurando as esquinas onde não houvesse guerras.

 

Cama de trevo...véu de basalto

Miserável mistério a cair a prumo...

Sobre a minha ânsia....de ser tempestade.

 

É claro que por debaixo das palavras há um eco

Sei isso...porque sempre que lá mergulho

Me assusto com a sujidade das lágrimas...

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