Véu de basalto
Em redor de nós o pão feito do avesso
Uma luz azul cai na gaveta vazia
Os ecos do mundo dormem num charco de luz
A terra das sombras devora as cinzas da mente.
Que tenho eu com isso?
Que ruas há nesta cidade onde não há fuga...
Para a liberdade?
E depois...inventei acasos...por acaso
Pisei destinos no rasto das flores
Na minha boca cresceram ilusões
Os meus pés ganharam asas de desejos e...
Pus-me a caminho procurando as esquinas onde não houvesse guerras.
Cama de trevo...véu de basalto
Miserável mistério a cair a prumo...
Sobre a minha ânsia....de ser tempestade.
É claro que por debaixo das palavras há um eco
Sei isso...porque sempre que lá mergulho
Me assusto com a sujidade das lágrimas...