Viçosas primaveras
Pela fresta das jarras assomam viçosas primaveras
nos olhos das janelas perpetuam-se aves
caem flocos de verão cansado
e os sonhos falam-me de tardias almas-gémeas
Na espuma inventaste um coração azul-sangue
finges ser uma penugem nocturna
que adormeceu na sombra da mão que te acaricia