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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Vidas arruinadas

Pelas ruas os candeeiros

Principiavam a acender as fachadas das casas

Os homens tornavam-se raros

Debaixo das copas das árvores

E as pálidas estrelas acendiam

As suas cores num jogo solitário de luzes

E o sol esvaziou-se numa excessiva luz vermelha

Insensível a quem corria para casa

Eu principiava a dividir-me em pedaços

como uma carne branca cheia de raízes

Um gato olhou para mim como se fosse meu irmão

E em volta...

A paisagem desfez-se numa voz melodiosa...

Que me chamava para entrar na água pura

Que escorria das luzes

E que debaixo desse raro céu inteiro

Tremeluziam como um sangue fatigado

Obscenamente fatigado pelo reflexo dos homens

Que cruzavam o espaço entre as luzes

Com a naturalidade das vidas arruinadas...

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