Vivemos numa guerra eterna...
Penso que entre nós tudo vai às avessas, que ninguém já sabe qual é o seu lugar, nem a sua ocupação, nem o que faz ou o que deve fazer, e que, excepto à mesa, em que tudo está satisfeito ou em que todos parecem estar de acordo, o resto do tempo se passa em querelas impertinentes: membros do parlamento contra membros do parlamento,homens de letras contra homens de letras,financeiros contra o povo, mulheres contra maridos,famílias contra famílias, religiões contra religiões, enfim, uma guerra eterna... (texto inspirado em Cândido ou o optimismo de Voltaire, escrito em 1759)...afinal chegamos à conclusão que o mundo permanece igual com o correr dos séculos, e que a pretensa sociedade desenvolvida é tão atrasada como a do século XVIII...