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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

XXXII


É neste silêncio que as azenhas ainda resistem aos sinais do fim


e as estrelas glaciais respiram fundo...consolam a eternidade e dormem juntas


as horas despejam luzes sobre o azul marinho das bocas


imperceptivelmente o ar corta a manhã


e as pedras parecem-se com bocados de eternidade


não há tempo nos escombros de uma imagem


não há tempo no beijo aceso que embarca no veleiro


respiramos a nossa mudez..


como um consolo que gravita na polpa de uma medusa


não temos pressa...somos o nosso próprio refúgio!