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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

XXXVI


Com as minhas mãos espalho o frémito que se solta da urze


o vendaval levanta o tapete das palavras...aprofunda-as...grava-as num tempo que desaba


o linho é branco..o espaço é um olho sem tempo...os anos são risos de Deus


e desabamos em voos que se findam em cavalgadas...a pique...sempre a pique..


em direcção ao relincho silencioso dos lábios trémulos!