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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

XXXVIII


E tu que implodes como folhas que rebentam...


diz-me se conheces o pássaro que se dissimula na aragem e que vagueia por cima de rebentos de neve?


diz-me se já não pisas o tapete florido...manchado de estrelas sombrias...


diz-me se não é precioso o dia?


então... se as palavras insatisfeitas nos ouvem...porque nos roçam as sílabas como se fossem gritos?